Compartilhando amor e uma cama!

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No di do meu parto, não pude trazer Elis mais pra cima porque o cordão umbilical era curto

No dia do meu parto, não pude trazer Elis mais pra cima porque o cordão umbilical era curto

Quando a Elis nasceu, seu cordão umbilical era tão pequeno que tive que me curvar para recebê-la em meus braços. Talvez numa metáfora natural da vida, achei que viveríamos assim para sempre, bem juntinhas e coladinhas uma na outra.

2 anos e 5 meses depois, venho experimentando doses diárias de sua independência, talvez porque sua criação foi com apego, com cama compartilhada, onde compartilhamos não só noites de sono, mas de muito amor e que, ao contrário do que as pessoas pensam, traz, sim, um sentimento de confiança que a permite entender o seu lugar no mundo!

Compartilhando um amor e uma cama
Compartilhando um amor e uma cama

E foi assim que de repente ela me pediu para ir pro seu quarto, me pediu para dormir em sua própria cama. Logo ela, que sempre gostou de dormir coladinha em mim, balançando na rede. Me pediu que fechasse a porta e saísse do quarto.

Claro que partindo do princípio que ela ainda é uma criança, eu neguei o pedido de sair do quarto por achar que ela queria me enganar, mas, com respeito, falei que ficaria ali no cantinho esperando ela dormir – e ela dormiu! Assim sozinha, se cobrindo com lençol e tudo!

E em plena grande mudança nas nossas vidas, pois Elis vai entrar pra escolinha, e eu vou deixar de ser mãe em tempo integral (venho depois contar como foi), acho que ela está tendo muito mais maturidade para encarar essas mudanças do que eu! E vê-la assim, independente e “madura”, me faz me sentir orgulhosa da filha que venho criando, orgulhosa de mim por insistir no nosso modo de criação e que a ajuda a descobrir que ela pode ser a Elis que quiser!

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