O MaxiModa foi há duas semanas, mas as lições do evento ainda martelam na minha cabecinha. É muita informação e muito conteúdo pra gente absorver em um dia inteiro, por isso gosto de anotar e sempre rever o que foi passado. E resolvi compartilhar com vocês!
Lições da Eva Farah – WGSN
Moda é 100% comportamento. Logo, para vender moda, é preciso entender como o consumidor se comporta. Por isso, existe a divisão das gerações. A Geração Z, de quem nasceu entre 1990 e 2010, é a primeira geração que foi dividida em duas subcategorias devido ao seu poder de influência e às suas prioridades: Me e We.
O que une essas duas categorias são características como o “auge do individualismo“. Antes, o que os jovens buscavam era estar iguais aos outros. A diferença não assusta, é celebrada. A questão é: como se tornar diverso? Eles são nativos digitais, nasceram conectados. O ponto ruim: altos índices de ansiedade e depressão e vida adulta postergada.
Sentimentos, ambições e rituais separam as duas características:
Me x We:
– Competição x colaboração
– Medo de ficar de fora, focada nos seguidores x focada nos sentimentos
– Câmera (imagem) x teclado (voz)
– #ootd x #BlackLifeMatter
– sucesso x processo
– movido pela moda x movido por crenças
– autoempoderamento x empoderamento de amigos/pessoas
– Reação x ação
– cópia x criação
– filtro (perfeição) x sem filtro (realidade)
– É uma geração mimética, que aprende na cópia, com vídeos do YouTube. Tudo é possível e seu trabalho deve ser sinônimo de felicidade. Sua cultura é regada a hypes e memes. O We é mais consciente, deseja ajudar. A educação é vista como algo coletivo, que vai muito além do convencional e a sustentabilidade está sempre em pauta. Por ser uma geração curiosa, as marcas precisam pensar em proporcionar experiências, indo muito além do produto, e seu propósito precisa ser genuíno.
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Lições do Daniel Cunha – Básico.com
Para se inspirar: a Básico.com é uma marca que nasceu com o intuito de fazer a camiseta básica perfeita. Para isso, foram buscar na alfaiataria elementos como qualidade e durabilidade. Ao contrário de muitas marcas, desde sempre que o offline é uma extensão do online. A marca é ancorada no produto (isso quer dizer que ele em si está sempre em primeiro lugar) e sua essência é o excepcional.
Para conseguirem investir mais no produto, todos os processos foram pensados. No quesito inovação, ele explica que ela não precisa ser visível, mas tem que ser transformadora. Para atribuir valores, é preciso deixar compreensível o que está por trás de tudo e estabelecer uma conexão que encante o consumidor.
Quer atrair seus clientes para o online? Tenha sempre novidades. Questione e repense o seu negócio sempre! A embalagem é um dos pontos-chave da marca. Para Cunha, ela é o momento de contato com o cliente. A entrada da marca no varejo físico foi com pop-ups. hoje possui uma guide shop, que consiste em um mostruário que o cliente experimenta e compra a peça, mas a recebe em casa. Para ele, a loja física só deve durar enquanto fizer sentido para o consumidor.
A relação entre produto, marca e canal de vendas é primordial e proporcionar boas experiencias sempre deve ser o foco, com cuidado e respeito.
Lições de Eva + Daniel
Para ser um bom profissional de moda, é preciso entender também de outras áreas e a rua é o melhor lugar para aprender. Dentro da empresa, ambientes pouco hierarquizados facilitam trocas, discussões e compartilhamentos de experiências entre a equipe. Contar histórias também é importante, evitando a banalização do produto. Ele precisa ser incrível e ter sentido. A qualidade da mensagem também é essencial. Responda sempre as perguntas:
Com quem eu estou falando?
Onde meu cliente está?
Com quem ele conversa?
Qual canal ele usa? Por quê?
Porque contratar a blogueira x?
Quais estratégias vou usar vinculada ao meu produto?
Quem somos?
Marcas são feitas por pessoas. Assim, são pessoas falando para outras pessoas!
Lições de Maria Prata
A tendência do mercado são as startups e as empresas disruptivas. O novo consumidor valoriza o customizado, o diferente. Logo, é preciso saber vender esses produtos diferenciados. Como alguns consumidores hoje não querem mais comprar de grandes empresas, uma das alternativas para empreender pode ser a busca por um nicho de atuação.
A moda sustentável está em alta, assim como os pequenos produtores. E a loja do futuro é omnichanel. Ela aposta em canais de comunicação que levam o consumidor à compra final. É replicar no offline a experiência que ele já tem no online.
A gente também bateu um papo com a Maria Prata. Confira o conteúdo exclusivo no nosso IGTV!
Lições de Fernanda Paiva – Natura Musical
Um projeto que é um grande exemplo de Brand Content e Brand Experience, indo muito além da venda do produto. O sentimento vem de um processo complexo, que deseja causar algum impacto no cliente, além de proporcionar memórias.
Os novos valores são os propósitos desse perfil de marca. Hoje, a pessoa investe o seu dinheiro em um produto de uma marca que ela defende e apoia o que ela fala. O objetivo é deixar um legado, gerar engajamento e o sentimento de pertencimento às pessoas.
Lições de Lilian Pacce
“Procure quem tem os valores alinhados com os seus”
“A moda não tem certo ou errado. É uma forma de expressão”
“Inclusão não é moda, é mudança de comportamento”
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