Toda sexta-feira, eu assino uma coluna muito massa (hehe) na editoria Tendências do jornal O POVO. O nome é Urbanita, e ela é uma coluna de comportamento voltada para mulheres. Falo um pouco sobre moda, um pouco sobre cultura, relacionamento, cidade, viagem… No texto de hoje, escrevi sobre moda plus size e minha experiência em Fortaleza. Reproduzo aqui o material. E, se você curtiu o conteúdo, pode ler as colunas anteriores no blog Urbanita.
Depois de uma temporada de compras desenfreadas nas fast fashion estrangeiras, cá estou eu voltando a frequentar as lojas locais. O primeiro choque é o preço, alto até para as peças chinesas e de qualidade duvidosa. O segundo é a falta de opções em tamanho acima do 44 ou 46. Visitando algumas lojas menores, conversando com as donas, elas sempre dão uma satisfação a uma cliente em potencial que estão perdendo ali, de bobeira: vai ter numeração maior logo, quero que você volte. Mas será que vai ter? E será que eu volto?
O que acontece com o mercado? Existiria um certo complexo de Abercrombie (que só quer gente magra e bonita usando suas peças) em cada marca nacional? Vender tamanhos plus não significa ser uma loja plus. Também não significa que a marca vá ficar estigmatizada – porque só pode ser muito negativo ficar conhecida como loja de gordo.
A Tommy Hilfiger, por exemplo, veste mulheres muito acima do GG lá fora, mas aqui não chega. A GAP e sua versão mais popular, a Old Navy, também. Aumentar a grade significa democratizar a moda e ampliar o público. Já pensou se cada gordinha ao entrar numa loja saísse feliz com uma sacolinha em vez de frustrada e com dinheiro no banco? Seria um mundo mais feliz.
Enquanto isso, meninas e mulheres se escondem em roupas pretas, sem forma, escondendo braços, pernas e barriga, com medo de mostrar os joelhos gordinhos e desviando dos olhares tortos e comentários infelizes que precisa ouvir por aí.
Aconteça o que acontecer, olhe para frente, para cima. Esqueça as regras, garimpe nos poucos lugares que ainda te vestem e encontre sua costureira amiga. Use o que te faz feliz. E, bem resolvida, vai causar inveja nas magrinhas que pensam não ter barriga para cropped.
Sexy
Plus size no calendário
A modelo GG Candice Huffine é a primeira plus size a posar para o calendário da Pirelli. Com seus 90 quilos e 1 metro e 80, ela divide as páginas da publicação com tops como Adriana Lima e Isabelli Fontana e simplesmente arrasa.
App
Nadia Aboulhosn
O blog plus size de looks mais ousados acaba de ganhar um aplicativo. Acesse os posts de Nadia e compartilhe as dicas dela de como quebrar as regras da moda tamanho G e ficar linda.
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Isso!
Ser gorda não é defeito e ser magra não qualidade! Todas são lindas com suas características, e na moda cabe todo mundo.
Esse negócio de Padrão de Beleza é um desperdício danado de diversidade!
Ainda existem algumas lojas aqui em Fortaleza que olham pra gente, mas só dá pra contar nos dedos de uma mão. Infelizmente. Ando recorrendo pra costureira amiga ultimamente. E me resolvo com meus croppeds e mini saias!
Tô doida por cropped e saia longa, Jade! É o look que eu tô querendo encontrar agora. Diz aí onde tem com preço de gente lisa! hehhe