No último sábado, abriram-se as portas da esperança da Forever 21 no Brasil. Todo mundo apaixonado, todo mundo de queixo caído com os preços baixos e todo mundo fazendo fila pra entrar, se estapeando pra comprar e ficando horas esperando no caixa.
Não poderia ser diferente. A Forever 21 é mesmo amor verdadeiro, amor eterno. Quando cheguei em Montreal, em setembro de 2012 (passou tão rápido!), ela foi uma das primeiras lojas que entrei e ganhou da H&M por dois simples motivos: as roupas são mais baratas; existe coleção plus size. Em tempo: na Suécia, a H&M lança campanha de biquíni com modelos reais, tem manequins grandes de lingerie no salão. Mas nenhuma das lojas que fui aqui no Québec tem H&M+, e a numeração 14 (maior que vi) só me veste em algumas peças.
Nos Estados Unidos, país de origem da Forever 21, as opções plus size são infinitas, um catálogo imenso e lindo. Muitas vezes, peças da coleção regular ganham adaptação plus size e ficam ótimas. Mas, em Montreal, só uma das duas lojas que frequento tem a linha Forever 21+, e é um cantinho bem reduzido. (Já escrevi aqui sobre minhas lojas gringas favoritas de compras plus!)
Mesmo assim, não posso reclamar. Já chegou à marca americana a tecnologia do e-commerce (a H&M canadense não tem) e, com ela, um catálogo bem maior que o da loja física. Fiz minha primeira compra em janeiro do ano passado e não parei mais. Sempre tem caixinhas brancas ou pacotes amarelos chegando aqui em casa, cheio de roupas superlegais pra mim e pro maridão.
Vale a pena?
Vale. Os preços que encontro aqui no Canadá são equivalentes aos preços do Brasil. Por exemplo, a regatinha básica: aqui, CAD$ 4.80; aí, R$ 8,90. Jeans saem por CAD$ 17 aqui e R$ 34 aí. Vestidos mais elaborados saem por CAD$ 27, aí, coisa de R$ 60. E com uma vantagem: no Canadá e nos Estados Unidos, o preço da etiqueta não é o preço final. São acrescentados impostos (15% no Québec, 8% em Nova York) no caixa.
E a qualidade?
Não é mesmo das melhores, mas vejo duas vantagens. A primeira é que, tendo várias peças, você pode revezar o uso, desgastando cada uma delas muito menos. Tenho algumas roupas de fast fashion brasileiras que comprei anos atrás, porque faço assim. A segunda é que, se algo está muito na moda, você não precisa pagar rios de dinheiro pra tê-la, usá-la por dois meses e depois enjoar. A roupa é baratinha e dura o que tem de durar, ou seja, só uma estação mesmo.
Isso faz sentido em lugares com as estações bem definidas. Aqui no inverno, por exemplo, eu tenho, sei lá, uns seis suéteres que eu uso direto. É usando e lavando. Agora, que oficialmente ele tá acabando, os bichinhos já estão nas últimas. Brilhinhos caindo, bolinhas aparecendo. Quando chegarem a primavera e o verão, eles vão ser guardados e só voltam a fazer sentido meses depois. Até dá pra começar a temporada mais fria com suéteres do inverno anterior, mas eles já estão tão gastos, você tão enjoada, as lojas tão cheias de promoções, que não dá pra fugir das novas compras.
E o consumo consciente?
Com preços tão baixos é bem difícil resistir. Principalmente porque, quando tem liquidação, é uma liquidação mesmo. Por exemplo, sempre tem ponta de estoque com preço reduzido. Agora imagina uma promoção que, por três dias, todos os produtos já com desconto vão sair 50% mais baratos ainda. Comprei vestidos de CAD$ 33 por CAD$ 10 nessa brincadeira. Igor comprou uma bota de CAD$ 60 por CAD$ 20. Saias por CAD$ 4, bijus por CAD$ 0.99…
Pra mim, enquanto as compras não prejudicarem seu orçamento e seus planos, tá tudo bem. Eu aproveito essas megapromos pra comprar, e elas acontecem a cada dois meses mais ou menos. Também só compro o que amo, não compro nada simplesmente porque está barato. Já fiz muito isso na vida e acabei com um guarda-roupa cheio de peças que não usava.
As perguntas que não querem calar
Quando chega a linha plus size? E a masculina?
Quando vão inaugurar o e-commerce?
As promoções vão ser tão malucas quanto as que acontecem no exterior?
Aguardo as respostas ansiosamente…
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