Hoje faz uma semana que minha vida mudou completamente. Chegou a pessoa mais esperada, mais sonhada e mais amada do mundo, minha filha Penélope. Como pode um serzinho tão pequeno mexer tanto com a gente, que aparentemente já tinha a vida resolvida, convicções e opiniões inabaláveis, todas partes milimetricamente planejadas?
Penélope mudou meus planos antes mesmo de nascer. Completamos 39 semanas, e as contrações começaram a vir valendo, com dor. Três noites seguidas. Já sabia que seria difícil ter parto normal num hospital particular sem doula e sem pagar taxa de disponibilidade do médico, mas estava preparada. Lida, estudada, empoderada.
Mas no primeiro dia inteiro de contrações, fui ao hospital em que tinha certeza de que teria neném e me deparei com a realidade: plantonista que não olha, não examina, não pede pra ver o cartão da gestante e faz um dianóstico de pré-eclâmpsia grave baseado na sua pressão de 13×9 entre contrações. Liguei pra minha obstetra, e ela me disse pra fugir dali, que eu não tinha doença nenhuma. Ali tive certeza de que iria pra outro hospital, o São Camilo Cura D’Ars, em busca de um atendimento mais humano.
Quarta passada, 7h da manhã, saímos de casa com contrações a cada 3 minutos. Chegamos ao Cura sentindo dor a cada 2 minutos. Acolhimento, consulta, internação. 4 centímetros de dilatação. Até o fim do dia teria minha pequena nos braços. Equipe incrível, enfermeiras maravilhosas me orientando a usar a bola de pilates, o cavalinho de fisioterapia, porque parto é movimento.
O marido o tempo inteiro comigo, bolsa de água quente, massagem, água e suco pra ter energia pro grande momento. Mas às 16 horas, apesar de todo o meu relaxamento e empenho, não havia passado dos 6 centímetros. O médico sugeriu um medicamentozinho só pra ajudar a acelerar o trabalho de parto. “Pra ver se nasce”. E foi aí que meus planos foram por água abaixo. Mais de uma hora de ocitocina na veia e nem um centímetro a mais. E ouvi todas as justificativas furadas que sempre li que davam em cesárea: sem dilatação, neném alto, colo grosso.
Pedi pra tirar a ocitocina, porque ô negócio pra matar de dor! E esperei o trabalho de parto voltar a evoluir normalmente, naturalmente, mas a intervenção foi demais pra mim. Dor demais, cansaço demais, adrenalina demais. E adrenalina não combina com ocitocina. Estava abalada, com medo da cirurgia, mas, às 19h, com um novo médico plantonista, precisei tomar uma decisão. E cansada e sem chão, decidi que precisava ter minha filha comigo naquela noite. Fomos de cesariana.
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Foi tudo um horror da anestesia ao fim da primeira noite, mas a Penélope estava comigo, linda, perfeitinha, cabeluda, pequenininha, abalando minhas estruturas, quebrando minhas certezas, me enchendo de insegurança em cada toque, mas um pacotinho tão cheio de amor que me fez esquecer tudo, que me deu força pra logo na primeira manhã, tomar banho sozinha e caminhar pelo quarto. Tivemos alta 24 horas depois. E foi assim que ela chegou ao mundo.
Depois faço outros posts contanto sobre a experiência de ser uma recém-mãe. É tanta coisa que acontece nos primeiros dias que a gente nem imagina! ♥
Neste momento, tô voltando aos poucos às atividades normais. Tô me recuperando bem, Penélope já está maior e mais fofa. Dando mais trabalho também. Agora o que eu queria mesmo era contar sobre essa chegada e agradecer MUITO a todos os desejos de bom parto, de saúde, felicidade. Lemos cada um deles e nos emocionamos todas as vezes.
Obrigada mesmo de coração!
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Ahhh, lá vou eu de novo desejar que a estadia da Penny-trigêmea aqui na Terra seja longa e cheia de saúde e de alegria! <3
Ai que post e fotinhos mais lindos! ♥ Apesar de todo o aperreio, eu fico muito feliz que você está bem e a Penny ter nascido a coisa mais linda e cheia de saúde! 😀
Espero um dia poder levar um pacote de fralda com um laço beem lindo pra ela (que titia mais intrometida hehehe)!
Um beijo enorme e muito amor, sorte e felicidade nessa nova fase da sua vida! ♥ ♥
obrigada, annaaaa! <3 foi difícil, mas foi só a primeira parte desse maravilhoso desafio da maternidade. tô muito, muito feliz, e a penny, muito, muito linda! com certeza vai rolar esse encontro aí, nem se preocupe! hehe! só a gente se conhecer um pouquinho mais que começamos a convidar os tios! <3
Lendo aqui com os olhos cheios de lágrimas <3 Que lindeza essa vida em movimento e ver, agora, vocês três na estrada.
e eu lendo tua mensagem e chorando também! hahah! venha logo conhecer sua sobrinha! beijão <3
Parabéns Aline e Igor! Um filho muda tudo. Curta muito, ouça seu coração sempre e esteja sempre aberta ao novo, porque a idade deles vai mudando, o encantamento aumentando, e, claro, o trabalho também. Mas a caminhada é só de amor! Bjs!
Que emoção! Olhos marejados só de imaginar a felicidade que vc deve estar sentindo. Quanto amor. Penélope é uma luz que irradia beleza. Muito feliz por vcs <3
Alinne e Igor. Tenho lembrado muito de vocês esses dias. O Bicho Alfabeto, que vocês deram pra Aila há dois anos, virou o livro preferido dela. Hehe. Lemos todas as noites. Emocionado aqui com a chegada de Penélope. Beijo grande em vocês!
Que coisa linda, Wesdley! Ficamos muito felizes em saber que o livrinho tá servindo <3 Precisamos começar a biblioteca da Penélope agora, hihi. Estamos na contagem regressiva pra chegada de Iana também, viu? Vão ser amiguinhas <3
Ela é linda e saudável! E a gente passa por tudo isso por eles! Vai ser sempre assim. Sim, são 3h da madrugada e eu estou por aqui, com Vinicius no colo. Rsrs (toca aqui!) beijosssss
[…] Size”, um debate voltado para as mamães gordas, pra falar sobre cuidados e preconceitos – que existem mesmo, e eu passei gordofobia médica em trabalho de parto. Aliás, tem um monte de posts aqui sobre minha experiência de gestação acima do […]