Belém, indiretamente, sempre fez parte da minha rotina. Por ter a família paterna de origem paraense (inclusive, meu próprio pai), é comum os almoços dominicais de família serem regados com sabores de lá. Mas não, eles não me encantavam. Tanto que minha avó fazia os pratos e preparava um outro almoço para os “enjoados”: eu e meu primo.
Cresci, meu paladar “evoluiu” e, em paralelo, a cultura (e, principalmente, a gastronomia) paraense se tornou hype. Aí a Gol lançou uma promoção há uns meses e pimba: eu, o Igor e mais seis amigos embarcamos para a região norte! Dividi o post em duas partes, pra não ficar giga, ok? Pois vamos lá!
Depois das passagens compradas, fomos atrás da hospedagem. Entre hoteis, hostels e Airbnb, a terceira opção era a que saía mais em conta para os oito. Com eram só duas diárias, pagamos R$ 562,20, um total de R$ 70,27 por pessoa.
Fazer um roteiro para Belém não foi difícil. Na internet, não faltam indicações de locais para curtir a cidade e, principalmente, comer muito bem! Chegamos no primeiro dia por volta das 11h no apartamento.
Deixamos as coisas, colocamos peças leves (tava um calor básico de 32 graus) e já chamamos o Uber para o famoso Mercado Ver-o-Peso. Local onde são vendidos alimentos e ervas medicinais, ele é um dos principais pontos turísticos de lá. É um dos mercados mais antigos do País e abriga a maior feira livre da América Latina.
Lá, comemos a famosa unha de caraguejo, a nossa coxinha de caranguejo. Apesar de ser praticamente a mesma coisa, a paraense capricha ainda mais nos temperos e condimentos! A de camarão não fica atrás e, acompanhada do Guaraná Garoto, refri típico da região, formam uma bela refeição!
No mercado, aproveitamos para comprar o que queríamos (menos o açaí, porque ia derreter): castanha do pará, farinha de tapioca, cachaça de jambu… por lá é possível encontrar tudo que é típico da região, a preços bem mais acessíveis.
Em seguida, passamos pelo Forte (que já tava fechado), pela Casa das 11 Janelas e pelo tradicional Bar e Restaurante Palafita, um dos locais mais turísticos da cidade, instalado sobre as águas da Baía do Guajará. Cerveja, suco de cupuaçu e isca de filhote fizeram parte da pedida.
A parada seguinte foi no Mangal das Garças, um parque que abriga inúmeras espécies de animais (aves, proincipalmente), o farol – ainda ativo e com uma vista maravilhosa da cidade, e o borboletário, indicado para ser visitado pela manhã, quando os insetos estão acordados.
A pausa para o banho também entrou na programação, assim como um breve descanso para uma noite que prometia ainda mais sabores. À noite, fomos à Estação das Docas. A sua história é bem bacana: até o ano 2000, o local era um antigo porto fluvial. Hoje, une gastronomia, moda, lazer e eventos. É formada por três armazéns e ainda abriga um terminal para embarque e desembarque de passageiros. Lá também estão o Teatro Maria Sylvia Nunes e o Anfiteatro São Pedro Nolasaco.
Os restaurantes, pelo que observamos, primam pelos sabores paraenses misturados à gastronomia contemporânea. Escolhemos o restaurante Soprano. A princípio, o que nos chamou atenção foi o happy hour, realizado todos os dias, das 16h às 21h, com chopp a R$ 3,99! Daí olhamos o cardápio e nos apaixonamos pelas opções. Começamos com o pastel de maniçoba, um contributo da presença africana na Região Amazônica, chamada de “feijoada sem feijão”.
Em seguida, veio o famoso tacacá, feito com tucupi ( caldo amarelo), goma de tapioca, jambu (a “plantinha” que deixa a boca dormente) e camarão. Acho que é a iguaria amazônica que mais me lembra a família!
Os pratos, que podem ser pedidos para uma ou duas pessoas, foram variados na nossa mesa. Custando uma média de R$ 37 (uma pessoa), são muito bem servidos e preparados. Eu pedi um filhote com arroz de jambu e camarão e farofa de banana. Nem preciso dizer que estava tudo maravilhoso, né?
A sobremesa foi na famosa sorveteria Cairu, uma espécie de Juarez daqui. No cardápio, inúmeros sabores regionais: araçá, bacaba, bacuri, mangaba, muricí, taperebá… A pedida do primeiro dia foi o sorvete de queijo e o Igor, o paraense, de açaí com tapioca! Mortos e estufados, voltamos pra casa e dispensamos a balada, pensando em aproveitar melhor o segundo dia!
Próxima semana tem a parte 2. Mas, se você não quiser esperar, confira nos destaques do nosso Instagram a viagem completa!
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