Moda: No Ateliê da Sil

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Só de olhar pra essa foto, já suspiro: Silvânia de Deus, a Sil, é uma das criadoras e criaturas mais encantadoras da moda cearense, e o ateliê dela é de arrebatar o coração.

Desde 1993, ele fica na Rua dos Tabajaras, na Praia de Iracema, mas antes disso ela já fazia roupa. Primeiro pra ela mesma (a mãe, costureira, deu o ultimato – ou a Sil adolescente vestia as roupas que ganhava da mãe ou ela mesma teria de fazer as próprias), depois pras amigas, até que virou profissão.

As criações da Sil têm vários diferenciais. O primeiro é que cada peça é pensada para uma mulher que existe – ou na vida real ou na imaginação da estilista – e ganha o nome dessa musa inspiradora. Dessa forma, ela cria para as altas e magras, mas também para as magras com busto grande, para as baixinhas mignon, para as gordinhas… E, como é um ateliê, ela faz os ajustes necessários pra você encarnar essa personagem com perfeição.

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O segundo diferencial da Sil é a modelagem. Ela também faz blusas, saias e calças, mas a especialidade são mesmo os vestidos. E que vestidos! Com tantos anos de profissão, ela foi aprimorando os cortes e costuras e estudando as variações do corpo feminino.

Em cada vestido, ela consegue marcar a cintura, equilibrar o quadril, colocar as gordurinhas no lugar, tudo isso com um caimento perfeito e muita personalidade. As roupas na foto aqui de cima são do Ateliê da Sil, que até bem pouco tempo era a única marca dela.

IMG_4044Este ano, no entanto, a família ficou maior, e Sil agora também é a Nêga Assanhada, um apelido pejorativo que ela ganhou quando era criança, mas que ganhou um significado muito mais legal e em forma de moda.

A Nêga deixa de lado a alfaiataria, os linhos, as sedas, crepes e outros tecidos mais clássicos do Ateliê para abraçar as malhas em todo o seu conforto, cores e possibilidades.

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A ideia é ser prática e confortável sem perder o estilo. Tanto que nenhum vestido da Nêga Assanhada tem zíper ou botão. Quando é necessário, tem amarrações do próprio tecido.

A inspiração é na galinha d’angola, que, segundo a Sil, é um bicho superimportante nas religiões africanas, principalmente o candomblé, que abre os caminhos e simboliza o equilíbrio. A estamparia da coleção foi criada em parceria com a designer Cristiana Andrade e é toda estilizada: tem o pé da galinha, o desenho na areia quando ela cisca, o olho da galinha… Nada é óbvio.

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Se você também amou o trabalho da Sil, vai adorar as duas notícias que tenho pra dar:

1. A gente está sorteando um vestido lindo da Nêga Assanhada (clique aqui para participar!)

2. Esta semana tem a estreia do Fuá no Sábado, um encontro de muita gente incrível com roupas novas e afeto. Rosele Tejada cozinha, Fernanda Meireles encanta com sua Loja sem Paredes, Claudio Quinderé leva suas joias. Não dá pra perder!

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Olha que linda a Sil de vestido Nêga Assanhada!

Pra saber mais e acompanhar as novidades: Ateliê da Sil no Facebook.

Alinne Rodrigues

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