Está pipocando nas redes sociais o trailer do reality show que leva blogueiras a fábricas terríveis de roupas, no pior estilo trabalho escravo, com péssimas condições, longas horas e peças baratinhas. O sofrimento das costureiras vira glamour nos looks do dia, e a ideia é justamente mostrar que tanto consumo e tanta velocidade normalmente tem um lado muito cruel que fica escondido.
Hoje mesmo saiu notícia de que a Renner foi autuada por trabalho escravo. Junto dela, a Emme, a Luigi Bertolli, a M. Officer e tantas outras marcas que fazem parte do nosso dia a dia. E é no meio dessa discussão toda que a Catarina Mina, aqui mesmo, de Fortaleza, entra 2015 convidando todo mundo pra #umaconversasincera.
Pra quem não conhece, a Catarina Mina faz acessórios em crochê em parceria com artesãs e costureiras locais e já desenvolveu coleções para marcas como Osklen, Água de Coco, Maria Filó, Maria Garcia, Daslu, Lilla Ka, Lita Mortari, Vivere e Le Lis Blanc.
Aí você via os preços das peças, uma bolsa por mais de R$ 200 e poderia se perguntar quanto daquele valor era destinado às mãos que produziram a peça e quanto era lucro da marca.
A conversa sincera da Celina Hissa chega em boa hora pra acabar com qualquer dúvida. No e-commerce, cada peça tem na descrição o valor de todas as etapas da produção: quanto custaram os materiais, quanto ganha a artesã, quanto ganha a costureira, quanto vai para a manutenção da loja física, quanto é usado para o marketing.
Some tudo e se encante: o lucro é justo, e todo mundo que trabalha na cadeia de produção recebe direitinho e fica feliz. Desde 2005 a Catarina Mina valoriza o artesanato e cuida pra que novas gerações de crocheteiras não só se interessem pelo trabalho manual, mas tenham orgulho do que fazem e do que produzem. E isso é conseguido com uma renda mensal segura oferecida pela marca, o conforto do trabalho em casa, no próprio ritmo, e participação nos ganhos da empresa.
É ou não é incrível?
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