O 1º Festival Serra, no maciço de Baturité, teve uma programação multicultural por quatro municípios: Guaramiranga, Mulungu, Pacoti e Baturité. Em três dias de atrações, a gente conseguiu provar um pouquinho de cada maravilha que a serra nos proporciona, tudo a um clima ameno e superagradável de 18º. Dá vontade de ficar por lá mesmo e só aproveitar dias e dias da tranquilidade ao lado da natureza e da boa gastronomia.
A agenda do evento tinha atração para todos os gostos: músicas, turismo, trilhas ecológicas, dança, aulas de gastronomia, pratos especiais elaborados por chefs convidados e dos restaurantes de Guaramiranga, passeio pela Rota do Café Verde, oficinas sobre a preservação do meio ambiente e até palestras corporativas. Ou seja, era possível montar sua própria programação dentro do festival e curtir aquelas atrações que mais tinham a ver com você. Hoje, vou compartilhar com vocês um pouquinho do nosso roteiro por lá.
Rota do Café Verde
Começando do começo, fomos em Mulungu conhecer o Sítio São Roque, onde há uma vasta plantação do café 100% arábica. O sítio já existe há 104 anos e começou com um sonho grande, acreditado pelo fundador Gerardo Queiroz.
O café produzido no sítio é 100% orgânico e, além de ser um dos principais produzidos pelo estado, já chegou a ser exportado lá pra nova morada da Alinne (isso mesmo, lá na Suécia).
Conhecemos o Museu do Café, que conta a história da fundação do sítio, a criação da nova marca do café (Atelier 1913, com lançamento nesta quarta-feira no restaurante O Mar Menino) e ainda os estágios pelos quais passa o café: do grão colhido no pé até o pozinho moído que perfuma o ambiente só de ser aberto. É bom demais!
A degustação não podia ficar de fora (quem acompanhou no stories?), e provamos, além do café, que é muito suave e adocicado, alguns produtos do sítio: uma torta de banana de textura bem fofinha e um docinho de compota da fruta. Se você gosta, já se prepara!
Café artesanal & cerveja de café
Seguimos nosso rumo para Pacoti, mais especificamente no Nosso Sítio, para conhecer a Casa Caboclo. Quem tem família vinda do interior do Ceará deve lembrar da famosa casa de taipa. É uma construção bem simples, feita de barro e galhos, mas que abrigou/a muitas famílias. Não é só poético, como também dá pra aprender a lição no cuidado em cada pedacinho da casa, feita pelas próprias mãos de muitos moradores. Hoje em dia, elas são mais relíquias (ainda bem!) e lembram a obstinação dos nossos conterrâneos.
Não só as casas eram feitas pelos cearenses: lá no Nosso Sítio, vimos o processo manual da torra do café. O grão é descascado, torrado e depois moído em um grande pilão.
Depois de peneirado, vira a bebida quentinha que a gente adora. Ah, e um toque que faz toda a diferença é a forma que ele foi adoçado: com pequenas lascas de rapadura, outro doce típico da nossa terra. Já era gourmet desde sempre esse café!
Voltando pra Guará, fizemos um pitstop para conhecer a cerveja com notas de café, “Tomalá Daká”. A cerveja é escura e bem forte, contém 6,2% de álcool (um pouco mais que o comum) e forma uma espuma bem densa e consistente. É uma cerveja artesanal e, SIM, acreditem, dá pra sentir o gosto do café. Apesar do intenso amargor, eu achei bem boa.
Temos nossa Guinness de Guará? Achei boa pra harmonizar com filé suíno e sobremesas de cacau (só um chute, gente, não sou especialista, hein?).
Nosso tour continua no próximo post, com a maravilhosa gastronomia do Festival Serra.
- Tour gastronômico do Festival Serra e onde ficar em Guaramiranga - 12 de dezembro de 2017
- Delícias da serra, muito café e trilhas na natureza no 1º Festival Serra do Maciço de Baturité - 5 de dezembro de 2017
[…] o Festival Serra, tivemos o privilégio conhecer os mais variados sabores. Entre eles, estavam as receitas de cinco […]
[…] Durante o passeio é possível degustar as delícias produzidas artesanalmente, o café, o pão caseiro, a torta de banana integral e os doce orgânicos marcas das tradições familiares. […]