Mulheres empreendedoras reunidas: como foi o Startup Weekend Women Fortaleza

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Resolvi fazer esse post porque, para minha surpresa (ainda bem!!), muuuita gente veio falar comigo para entender e saber como foi o Startup Weekend Women Fortaleza, realizado no último final de semana na Unifor. Vamos entender?

Pra começar, o que diabos é uma Startup e um Startup Weekend? Achei vários conceitos na internet e curti esse de um texto da Exame:

“grupo de pessoas trabalhando com uma ideia diferente que, aparentemente, poderia fazer dinheiro. Além disso, startup sempre foi sinônimo de iniciar uma empresa e colocá-la em funcionamento.”

Também falaram muito no evento sobre a possibilidade do projeto escalonar, quer dizer, crescer. Assim, nasceu, em 2007, o Startup Weekend. Com sede em Seattle, nos Estados Unidos, essa organização sem fins lucrativos visa a proporcionar eventos práticos de empreendedorismo, dando a oportunidade a…

“empreendedores, investidores, desenvolvedores, designers, profissionais de marketing e entusiastas de reunir-se, compartilhar, maturar e validar suas ideias, formar times e criar startups”, diz a Wikipédia.

Pra vocês terem ideia da grandeza, já foram realizados encontros em mais de 150 países, formaram-se mais de 23 mil times e mais de 13 mil startups foram criadas!

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Daí que no último fim de semana foi realizada, pela primeira vez, a edição Women aqui em Fortaleza. O objetivo, claro, era despertar o nosso lado empreendedor. Éramos 85 pessoas, a grande maioria mulheres, querendo entender, aprender e crescer. Lindo, né? Durante 54 horas, imergimos em um mundo que, para a grande maioria, era inédito. E foi bom demais!

Tudo começou na sexta-feira, 18h30, com o coffee break. Cheguei atrasada por conta do trânsito e fiquei sabendo que ele começou pontualmente às 19h. Ponto para a organização! Mas não foram só esses detalhes que me surpreenderam ao longo do fim de semana. A forma de falar com as pessoas, o jeito que mexem com a autoestima, a premissa de que “nenhuma ideia é idiota” e que tudo pode melhorar… Tudo isso encantou de verdade!

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Além do coffee break “geralzão”, eles tiveram o cuidado de fornecer lanches para celíacos, alérgicos etc!

Após um exercício rápido (já em um grupo), chegou a hora de falarmos das nossas ideias. Foram mais de 40 sugestões, entre startups da área de moda, saúde, meio ambiente, lazer, serviços etc. Cada um tinha um minuto para expor e defender a sua. Em seguida, era a hora de votar nas três sugestões favoritas. As mais votadas seriam possíveis projetos.

De 40 e poucas, fomos para um pouco mais de 10. Então começa a correria e a dúvida: Quero participar do quê? Fiquei na ideia de um site que reunisse mulheres que fizessem trabalhos manuais, uma espécie de e-commerce misturado com educação e orientação.

Os grupos são formados por pessoas que, na maioria das vezes, nunca se viram. E aí que tá outro ponto “doido”: o do trabalho em grupo! Então, dá-se início ao projeto “zero to hero“, onde você vai do zero a uma startup pronta pra ser montada!

Começamos com a análise da ideia, definição de personas e mais um monte de detalhes que a gente nunca pensa que há por trás de um negócio ehehehh! Entre uma atividade e outra, um novo passo é dado, orientações (estilo palestras) são feitas rapidamente (não passam de 15 minutos), e os mentores seguem circulando entre as mesas, questionando, levantando hipóteses e deixando a gente ainda mais doido!

Como ir de "Zero to Hero"
Como ir de “Zero to Hero”

Já no segundo dia, é hora de validar o negócio. Temos de 9h da manhã às 22h para saber se a nossa ideia é viável. E aí entra a pesquisa de campo, a montagem do site/aplicativo, criação da marca, a tentativa da primeira venda e os contatos com já possíveis clientes! E é claro que imprevistos acontecem.

Nossa equipe, por exemplo, pivotou diversas vezes, o que significa que vimos que as nossas ideias não eram válidas. Mas é exatamente por isso que tantos processos são importantes, pra gente não perder tempo nem dinheiro em algo que não tem futuro.

Cabeças a mil, olhos pesando, e a adrenalina lá no alto, é chegada a hora de ir pra casa, junto com o medo de nada dar certo!

Nosso time com mulheres incríveis!
Nosso time com mulheres incríveis!

O último dia é o dia do pitch, de fazer o seu discurso de venda para investidores afim de conseguir investimentos. O pitch é cheio de regras e, pra variar, o tempo é curto (4 minutos!). Design, objetividade e impacto são as principais características de um bom pitch. No pré-pitch, que a gente apresenta aos mentores, recebemos críticas, sugestões e grandes observações, para aprimorarmos o discurso e a apresentação para o júri. É claro que o pitch sobrou pra mim, né? Fiquei um tantão nervosa, o tempo acabou antes de eu falar tudo mas… Ufa! É uma sensação muito boa! 😀

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O primeiro pitch a gente nunca esquece! heuehue

Segundo estatísticas deles mesmos, 12% das startups criadas nos eventos vão pra frente. E, não necessariamente, são as vencedoras. Não ficamos entre os três primeiros (que ganham brindes, hospedagem de site, cursos, horas em co-working e muito mais), mas valeu demais a experiência e não vejo a hora de participar de mais uma Startup Weekend. Bora?!

Quem quer que eu avise por aqui e nas redes sociais quando tiver a próxima?

Larissa Viegas

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