Dia do Livro: leituras oportunas, memoráveis e cheias de atitude

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Mesmo tendo sido ontem, não poderíamos deixar de falar sobre o Dia do Livro, né? Aí resolvemos atrelar a data, que é tão especial para nós quatro, jornalistas, ao cenário sócio-econômico. Não se preocupem, não estamos indicando livros chatos e monótonos. Mas sim, livros inteligentes e que mexeram com a gente! Anotem aí:

Dica da Júlia

Luta, substantivo feminino – Mulheres torturadas, desaparecidas e mortas na resistência à ditadura

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O livro que indico é “Luta, substantivo feminino – Mulheres torturadas, desaparecidas e mortas na resistência à ditadura”. Além de um contexto histórico dos fatos que precederam e sucederam a Ditadura Militar no Brasil, o livro traz principalmente as histórias de mulheres que foram torturadas, morreram ou desapareceram na época, vem contar a história daquelas que não tiveram chance; tem também relatos em primeira pessoa que mulheres que sobreviveram à prisão e tortura da época. Terceiro livro oriundo do relatório “Direito à memória e à verdade”, lançado em agosto de 2007 pelo então Presidente Lula. Minha indicação é principalmente para que não esqueçamos dos momentos que passaram, em vista de tentarmos impedir que se repitam.

Dica da Alinne

Persépolis

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Aos 10 anos de idade, a ilustradora Marjane Satrapi viu sua família perder a liberdade: era 1979, e a Revolução Iraniana a obrigou a usar véu islâmico, proibiu música, álcool e alegrias. Graphic novel autobiográfica, Persépolis é lindo, triste e intenso. Ah! Até hoje o Irã vive sob a opressão do regime xiita. E também tem o filme!

Dica da Marília

Maus

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Maus: a história de um sobrevivente. Esse quadrinho conta a história real do avó do autor, um judeu sobrevivente dos campos de concentração. Os nazistas são gatos e os judeus são ratos. A história emocionante mostra aspectos de um momento que nós conhecemos e precisamos evitar que aconteça novamente.

Dica da Laris

Eu sou Malala

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Não lembro como conheci a história da Malala, mas sei que ela mexeu tanto comigo que no dia seguinte estava na livraria e, dois dias depois, já tinha terminado de ler a sua biografia. Para quem não conhece, Malala Yousafzai é uma ativista paquistanesa que, aos 15 anos, sofreu um atentado que por um triz não tirou a sua vida. Seguindo os passos do pai, um professor que vê a educação como o maior bem que uma pessoa pode ter, Malala fez das suas palavras uma arma contra a violência e o feminicídio, lutando pela paz, o amor e, claro, pela educação. Já tem filme no Netflix, entrevista com ela no David Letterman, discurso na ONU… Mas nada se compara à emoção de ler com tantos detalhes a história dessa guerreira que já ganhou um Nobel da Paz.

E vocês, têm livros para indicar para a gente também?

Larissa Viegas

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