Eu sofro de “Efeito Sanfona”! Socorro!

0
1667

fullsizeoutput_528eAcho que a grande maioria das mulheres que eu conheço, incluindo eu mesma, sofrem do desagradável efeito sanfona, aquele coleguinha transformador de corpos que, quando a gente menos espera, nos deixa carentes de peças que funcionem e nos faz ter ao mesmo tempo vontade de chorar e de tacar fogo no guarda-roupa. Não vou ser desonesta e dizer que mesmo no auge nos meus 34 anos, me sentindo uma mulher empoderadíssima e me amando muito, que essa flutuação corporal não me incomoda. É chato para car****. E apesar de estar com o peso pouco “marromenos” estável há alguns anos, eu ainda travo minhas batalhas com a balança.

Eu tenho muita variação de peso desde novinha. Fui uma criança magra, depois gordinha. Aí fiz regime, emagreci, mas uns anos depois, na época do vestibular, voltei a engordar. Durante a faculdade e na continuação da vida adulta o processo também foi bem parecido – um vai-e-vem constante de quilos na balança. E não preciso ir nem tão longe e falar de grandes variações ao longo de anos – quantas de nós sofremos com os inchaços provocados pelos nossos ciclos menstruais todos os meses? Não sei como é para vocês, mas aqui eu chego a variar até 2kgs, dependendo do “nível” que a minha TPM esteja naquele período específico.

Eu, nos dias de TPM.
Eu, nos dias de TPM.

O fato é que eu não sou formada em nutrição e em mais nenhuma área da saúde para ficar dando dicas de alimentação fit e exercícios físicos aqui para vocês. A minha formação foi em consultoria de estilo pessoal e nas chibatadas da vida, e o que eu resolvi fazer foi transformar os aprendizados que eu tive ao longo dos meus muitos anos de peso iô-iô num post com algumas dicas que podem ajudar a lidar com essas oscilações com menos desespero. Afinal, o peso pode até não parar de variar, mas as frustrações podem sim diminuir!

  1. Evite comprar roupas limítrofes. Sabe aquela calça skinny que você tem que fazer uma verdadeira coreografia para lacear e entrar? Ela não vai ser uma boa amiga nos seus dias de inchaço. Na verdade, se teve uma coisa que eu aprendi na vida, é que ter aquelas roupas que ficam no limite do apertado só faz causar ansiedade e mal-estar, pois você nunca sabe qual vai ser o resultado na hora que for vestir. Eu tinha uma mania terrível de fazer isso para me forçar a manter o peso, e não preciso nem dizer que NUNCA funcionou, né? Toda vez que eu vestia a calça e ela estava apertada, parecia que ela gritava na minha cara “VOCÊ ENGORDOU!”. Credo. Não desejo isso para ninguém.  

    Roupa no limite: uma péssima idéia de controle.
    Roupa no limite: uma péssima idéia de controle.
  1. Procure peças que deixem o seu corpo mais “livre”. Vestidos soltinhos, saias que não colam, calças e shorts de modelagem mais frouxinha  e com tecidos com elastano ou cós de elástico – essas peças vão ser suas amigas, pois elas vão “receber” as mudanças corporais com mais maleabilidade. No caso das de tecido plano, que talvez não estiquem, o melhor é optar por ter sempre 1 ou 2 dedinhos sobrando no cós, e ter um pouquinho de tecido a mais para abarcar (sem espremer) as coxas e o bumbum. Não precisa ser frouxona, só não precisa ser embalada a vácuo, sabe?  
Roupas de modelagens mais soltinhas acomodam melhor as formas do corpo - sejam elas quais forem.
Roupas de modelagens mais soltinhas acomodam melhor as formas do corpo – sejam elas quais forem.
  1. Peças com gradação de “acochamento” também são amigas! Sabe vestido envelope, saia transpassada, calça estilo pareô, essas que nós mesmas graduamos e conseguimos deixar as amarrações um pouco mais soltinhas quando o inchaço bater? Elas também são ótimas de ter no armário.
Roupas que são fáceis de regular também ajudam a enfrentar as oscilações de peso.
Roupas que são fáceis de regular também ajudam a enfrentar as oscilações de peso.
  1. Pare de comprar peças que “não vestem tão bem mas tão uma pechincha”. Eu recomendo para TODAS as minhas clientes (e agora para vocês leitoras), que a gente somente PARE de comprar coisa que não vestem tão bem só por uma questão de preço. Gente, isso é uma furada! É maltratar a nossa sanidade e o nosso bolso. Na primeira flutuação corporal, ou até de humor, a gente vai vestir a roupa e vai ficar P da vida na hora que se olhar no espelho, pois todos os defeitos vão saltar. Aí depois essas peças ficam se acumulando e vem a sensação do armário cheio e nada para vestir. Parou de comprar coisas assim, talkey?
Pechincha que não veste bem não é amor, é cilada!
Pechincha que não veste bem não é amor, é cilada!
  1. Tenha pelo menos uma “roupinha do abraço”. Sabe aquela roupa que te veste super bem, você se sente linda e ela não fica espezinhando nada do seu corpo? Essa é o que eu chamo de uma “roupinha do abraço”. Meu sonho dourado de consultora (e também como mulher) era que todos os armários só fossem compostos de peças assim – mas eu sei que isso não é a realidade de muitas de nós, inclusive a minha. Eu tenho como uma missão pessoal ter um guarda-roupa inteiro que me veste bem, mas enquanto isso não aconteceu ainda, eu já tenho gravadinhas na minha cabeça as minhas roupinhas do abraço. E te juro: é maravilhoso conhecer aquelas pecinhas que te vestem com mais amor e deixá-las bem marcadas na sua cabeça. Porque na hora que a bad bater, mas a gente tiver que botar a cara no sol mesmo assim, é pra essas amigas que nós vamos recorrer.
Nós e nossas "roupinhas do abraço".
Nós e nossas “roupinhas do abraço”.

É isso, mulherada. Sendo bem honesta com vocês, esse post todo poderia ser resumido em uma única dica: não pratique auto-sabotagem. Toda e qualquer roupa que te imponha limites e malabarismos não é uma roupa legal de ter no armário. Vamos parar para olhar para nós mesmas com mais carinho e buscar autoconhecimento? Só conhecendo quem nós somos de verdade é que poderemos agir de maneira menos impulsiva – o que inclui comprar aquela roupa que “é super tendência”, mas que só vai te maltratar. Nossa vida já é cheia de mudanças e percalços, e se tem uma treta que a gente não precisa a mais nessa vida é o nosso armário. Bora fazer essa amizade rolar!

 

Deixe um comentário