Inspiração: Mallu Magalhães

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Todo mundo tá falando da Mallu Magalhães, que cresceu, ficou linda e lançou uma música sensacional, Velha e Louca, com um clipe fino e retrô. Eu, como fã da moça desde pequenininha, vim aqui pra mostrar a evolução da cantora, tanto na parte visual quanto na musical, passando pela amorosa! =O

Assim era a Mallu quando postou suas primeiras gravações no MySpace. Ela ganhou um dinheiro de presente de aniversário de 15 anos e usou para gravar umas músicas. Já com noção visual, ela fez essa foto com um pirulitão colorido, mas a roupinha ainda é das que a mamãe comprava pra ela.

O primeiro amor

Assim que Mallu estourou e saía dizendo pra todo mundo que era fã do Bob Dylan e do Vanguart, a banda cuiabana chamou a menina pra algumas participações. Ela tinha 16 anos, se preparava pra gravar o primeiro álbum e não só dava palhinhas nos shows do Vanguart como também namorou o vocalista, Hélio Flanders. Nesses dois registros do casal, Mallu já se mostra trendsetter – mas, na época, era considerada só uma doidinha mesmo: em cima, de blazer masculino e oxfords (que não aparecem na foto, mas eu sei porque tenho esse DVD) e, embaixo, com um vestido que ela mesma cortou e costurou.

Veio o primeiro VMB. No tapete vermelho, ela fez a louca usando uma sapatilha de cada cor. E aí o que aconteceu? Três anos depois, todo mundo começou a usar sapatilhas de verdade por causa da onda Cisne Negro. E, mesmo sendo só uma doidinha, sua atitude foi “copiada” pela maravilhosa Helena Bonham Carter, em um red carpet do Globo de Ouro.

Mallu Magalhães lançou o primeiro disco, chamado Mallu Magalhães, cuja capinha é um simpático leão desenhado de barbante por ela mesma. As músicas já eram superlegais, a maioria em inglês, e uma chamada Vanguart, em português. Adoro a produção desse álbum, porque se preocupa em mostrar a Mallu naquele momento, com 16 anos, aprendendo a lidar com as imperfeições da voz e as dificuldades de ser esculhambada por todo mundo.

O namoro com Flanders trouxe para a menina referências musicais e literárias que ela ainda não tinha. Um perigo mostrar obras beatnik a uma menina tão nova. Ou ela não entende nada ou acha que entende e sai falando um monte de besteira por aí. Foi isso que aconteceu com ela, que logo ganhou fama de abestada. Gente, ela era só uma criança!

O segundo amor

Aí o Marcelo Camelo tava gravando um disco e chamou a Mallu pra cantar uma música com ele. Gravaram Janta. No show de estreia da carreira solo de Camelo, em Recife, Mallu cantou. Foi no festival Coquetel Molotov – eu estava lá! – e, num dia, teve show da Mallu, no outro, do Camelo. Foi massa! Eles juntos no palco já demonstravam um envolvimento bizarro. Ela entrou, abraçou ele de ponta de pé por longos segundos. Ele encantado, babando, mas nunca pensei que pudesse ser uma admiração maior do que a de um tio com a sobrinha. Eles assumiram o namoro. Camelo fez show aqui no Cine São Luiz e trouxe a Mallu a tiracolo. A foto deles tocando é minha!

Nesse show quase em dupla por aqui, ela usava uma camiseta Maria Bonita Extra, presente da marca, e uma saia de linho que era da irmã e ela mesma tinha amarrado (!). De frente, tava ótima. De costas, um nozão bizarro! hehe!

Mallu lançou o segundo disco, também chamado Mallu Magalhães. Gostei ainda mais deste. Entrevistei a mocinha pelo telefone – ela estava em um hotel em Florianópolis, gravando o clipe de Shine Yellow, um reggaezinho que fez um monte de gente confessar o crime de gostar das músicas dela. Não tem mais a entrevista no site do jornal, mas encontrei a reprodução em um site de fãs. Vão lá ler, que ficou legal!

A influência de Camelo está em tudo no disco: os instrumentos, a produção, as letras, as composições em português. Mallu continuava mostrando personalidade, montando ela mesma a ideia da capa. Apesar de nova, ela sempre soube como queria aparecer – às vezes errando, claro, porque todo mundo com 18 anos ainda é meio boboca.

A oficialização do fashionismo

Aí Mallu foi crescendo e foi ficando cada vez mais fashionista. Agora menos Tavi (aquela blogueira teen que ia pras primeiras filas de todos os desfiles finos), porque não dava mais pra sair usando qualquer coisa. Roupa tem que ter informação de moda, não dá pra ser puramente estilo. Ela continua costurando calças (a preta da direita), bolsas (a do centro) e o que conseguir fazer, mas combina essas peças autorais e bizarramente cool com outras incríveis.

A Mallu aos 19

As fotos de divulgação do novo disco de Mallu, Pitanga, foram feitas pelo Camelo. Clima retrô e artesanal, como ela sempre gostou. O primeiro single, Velha e Louca, é uma delícia. Ouvindo com o clipe, então, fica ainda melhor! Dá vontade de sair dançando que nem a Mallu, com a roupa igual à da Mallu, com os cabelos e a maquiagem da Mallu.

A letra da música é um desabafo dela, que está em outra, feliz e não quer saber de conselhos e críticas. Fazer música sem pressão é fazer música cada vez melhor. As pressões sempre vão existir, então é bem aquela coisa: ignore o mundo e viva!

Não consegui encontrar informações sobre o figurino da Mallu, mas não duvido que ela mesma tenha bordado esse casaquinho vermelho com pérolas e pingentes de mãos. Já quero um!

A beleza do clipe é totalmente anos 60, inspirada em Brigitte Bardot e nas divas do cinema da época. Linda, um luxo, já quero!

Quem topa se jogar no delineador e se entregar aos talentos de Mallu Magalhães?

Alinne Rodrigues

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