Alguns já sabem que no meu primeiro dia de férias embarquei com mais duas amigas para a terra do doce de leite, das medialunas e dos (também) amantes de futebol. A viagem para Buenos Aires (e um diazinho em Colonia del Sacramento, no Uruguai) foi uma experiência incrível, que pretendo contar em dois posts para vocês, com dicas do que fazer e do que evitar!
Após um voo que atrasou quase 4 horas para sair de São Paulo devido às fortes chuvas na capital Argentina, chegamos ao nosso destino com todas as recomendações já decoradas: trocar o dinheiro no Banco de la Nacíon e pegar o táxi no stand da companhia Ezeiza, dentro do aeroporto. Pagamos no próprio guichê, com direito ao pedágio. Chegamos sãs e salvas no hotel Viejo Telmo, em San Telmo.
No primeiro dia preferimos fazer tudo à pé, tanto para economizar quanto para “sentir” a cidade. Dessa forma também conseguimos descobrir o que tinha por perto: supermercado, restaurantes, bancos etc. A Plaza de Mayo e a Casa Rosada (foto 3) foram os primeiros pontos visitados. Em seguida, seguimos para a famosa Calle Florida. Sabe aquele centro da cidade que você encontra tudo e todo tipo de gente? Pois é lá! Muitas lojas que passamos em frente e outras que decidimos entrar pela fama, como a gigante Falabella. Outra parada obrigatória que nos deixou de queixo caído foi o Galerías Pacífico (foto 2), um shopping com grandes marcas locais e internacionais, restaurantes e uma arquitetura belíssima, sendo praticamente um ponto turístico. O local também abriga uma galeria com exposições de arte e à noite tem shows de Tango. Outra parada obrigatória do dia foi o tão recomendado Café Tortoni (4 e 5). Em um espaço literalmente secular, a luz do dia entra pelo vitral do teto de maneira discreta, tornando o ambiente superaconchegante. Pedimos (todas as três) chocolate quente e churros, acompanhados de doce de leite. Nem preciso dizer que nos deliciamos, né? Não lembro a hora que chegamos, mas demos sorte de não pegar fila. Provavelmente o movimento maior começa depois das 18 horas. Também fomos ao teatro Colón. Lindo e muito bem conservado, mas com visitação a 50 pesos. Preferimos deixar para depois e acabamos não indo.
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Balanço do dia: o clima estava ótimo, o casaco era suficiente para proteger do frio. Ficamos impressionadas como eles fazem fila para tudo (inclusive na hora de esperar o ônibus). As coisas não são baratas como muitos dizem (se convertermos cada compra, acaba saindo “elas por elas”). Deus abençoe quem inventou os mapas e, principalmente, quem os distribui.
No segundo dia, seguimos a recomendação de deixar o dinheiro separadinho e pegamos um ônibus a caminho do El Caminito, no bairro La Boca. Tá bom que parecemos três “matutas” na hora de pagar, já que o transporte não tem cobrador, apenas uma maquininha que você coloca as moedas e recebe um ticket (que eu tô até agora tentando descobrir se era ou não pra ter entregue ao motorista). Novamente as recomendações: bolsas para a frente e olhares atentos. Quando chegamos, seguimos pela colorida rua, repleta de restaurantes com shows de Tango e lojinhas simpáticas. O comércio que mais nos encantou foi esse da foto, com esse muro ilustrado, que também vendia um mooonte de lembrancinhas. Após a passagem do trem (que passa, literalmente, no meio da cidade), seguimos para o La Bombonera, o estádio do time Boca Juniors. Escolhemos fazer a visita guiada, orientada por uma simpática mocinha menor que eu – JURO!. É impressionante como a energia dentro de um estádio é boa, né? (mesmo que seja de um futebol argentino ;)). Na volta não quisemos arriscar o ônibus, então pegamos um táxi, o qual gastamos cerca de 25 pesos.
Passeamos um pouco mais pelo centro e seguimos para Puerto Madero. O bairro novo tornou-se um dos meus favoritos da cidade. O clima agradável do dia favorecia o passeio na beira do Rio La Plata e da área que era um antigo porto de Buenos Aires. Os restaurantes são elegantes e pedem uma tarde inteira de conversa. Existem opções tanto pro lado da avenida quando pro do calçadão (por onde passeamos), onde pessoas caminham, correm, passeiam com cachorros, andam de patins e namoram. Ah, e a Puente de la Mujer tem uma vista legal do por do sol. Vale a pena o passeio vespertino!
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Balanço do dia: moraria em Buenos Aires. Eu não sei falar castelhano/espanhol. Tango é chato (ok, me condenem). Foi muito bom ver a cara da guia do La Bombonera quando ouviu a Gabi dizer que o time da gente era Corinthians.
No terceiro dia já nos sentíamos em casa. Sabíamos onde ficavam as principais avenidas do bairro, a cor da linha do metrô que nos levava ao hotel etc. Então seguimos para Recoleta e, mais precisamente, para o cemitério. É lá que está o túmulo (sem graça) de Evita Perón. Nos encantamos com as pompas e o luxo de muito outros túmulos, feitos de mármore, com estátuas e vitrais. O resultado era um local agradável, sem aquele clima pesado.
Depois de passearmos por lá, fomos ao Museu Nacional de Bellas Artes. O local contempla várias épocas e artistas do mundo todo. O mais legal é que é gratuito! Entre as mostras itinerantes estava do Caravaggio. Em seguida passamos em frente da Universidad de Buenos Aires Abogacia (foto 5), onde abriga a faculdade de direito em um prédio com arquitetura totalmente greco-romana. E, ao lado, a fofíssima Floralis Generica (foto 4) na Plaza de las Naciones Unidas. Essa flor de aço possui um sistema elétrico que abre as pétalas pela manhã as as fecha no por do sol e na presença de ventos fortes. É linda! Depois de uma pausa para curtir a grama verde e recuperar as energias, seguimos para o Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (foto 3). Lindo e moderno, o museu tem obras de Tarsila do Amaral e Frida Kahlo, além de exposições itinerantes também. Mortas, mas ainda com vontade de aproveitar o dia (tava escurecendo por volta de 20 horas!), andamos um pouco mais e paramos para jantar no Alto Palermo Shopping.
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Balanço do dia: o metrô de lá não é grande coisa, mas funciona. É muito bom caminhar em parques, ver pessoas aproveitando a vida ao ar livre. Vi pelo google maps o tanto que a gente andou (e eu não emagreço! ahhh!).
O quarto dia foi um dos meus favoritos, de total contato com a natureza, no arborizado bairro Palermo. Fomos de metrô até lá e começamos pelo jardim botânico (fotos 1 e 2). Quem vai com a expectativa de ser algo similar ao do Rio de Janeiro se decepciona. Dizem que é beeem menor, mas nada que não dê para aproveitar uma boa leitura em um dos bancos espalhados por ele. Ficamos na dúvida se iríamos ao zoológico, que é vizinho, mas o preço de cerca de 100 pesos nos desanimou, principalmente pelo fato de vermos bichinhos presos hehehe. Então seguimos para o El Rosedal (fotos 3, 4 e 5). Para quem gosta de flores e/ou está acompanhado de pessoas de mais idade, esse é um passeio imperdível, principalmente se você for na primavera como a gente. Bem tratado e sinalizado, o parque é quase uma terapia! Suas cores e cheiros impressionam e encantam. De lá, almoçamos nos “tradicionais” trailers um choripan, que se resume em pão, linguiça e chimichurri, um molho picante divino. E melhor ainda é a bagatela de 10 pesos! 😉
Seguimos para o Jardin Japones. Aí você pergunta: como assim? Pois é, o jardim foi criado quando o presidente do Japão e sua esposa visitaram Buenos Aires! Ele é lindo (um pouco “forçado”, digamos assim) e parece uma maquete gigante, de tanto que as coisas são planejadas. Além do zoológico, é o único local pago (cerca de 16 pesos). Valeu o Melona, que eu só tinha achado na Liberdade, em São Paulo! Após o contato com a natureza, seguimos para teóricas compras. Os famosos outlets de Buenos Aires ficam na Córdoba (às vezes nas proximidades), em Palermo Soho. Lemos muito sobre as marcas, como Adidas, Puma, Levis e outras que brasileiro adora consumir. Porém, só fizemos nos cansar. Os preços não valem a pena, são parecidos com os da calle Florida e, consequentemente, com os daqui. Eu, por exemplo, fui atrás de um sneaker da Adidas e não encontrei. Para quem dispensar as compras, uma boa ideia é fazer um pic-nic em um dos parques e curtir a tarde e o belo por do sol!
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Balanço do dia: nota 10 para os parques, como são preservados (tanto os públicos quanto os privados) e a limpeza. Se um dia for me casar, escolho o Roseidal como cenário! Achei muito fofo um grupo de crianças que estavam em uma aula de campo (literalmente) pelos parques que percorremos. Nota zero para os outlets, que os preços não compensam.
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