Cinema: Josh Radnor, o Ted, de How I Met Your Mother, é diretor!

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Começo de ano é pra gente pensar na vida e colocá-la nos eixos. A ficção sempre trata desse assunto. Em Seinfeld, o George Costanza consegue mudar de vida em um único dia, apenas fazendo tudo exatamente ao contrário do que ele sempre fez. Esbravejou quando normalmente ficaria calado, paquerou quando normalmente não faria nada.

É o único episódio em que tudo dá certo pro George. Ele consegue a garota, um emprego no New York Yankees e consegue sair da casa dos pais.

Em termos de sitcom, pra mim, o que surgiu de mais diferente e especial depois de Seinfeld foi How I Met Your Mother: a história de como Ted Mosby, um arquiteto romântico e louco pelos amigos, conheceu a mulher da vida dele.

Quatro temporadas depois do início, muita coisa mudou. O público se apaixonou pelo Barney, amigo do Ted, e os roteiristas pegaram carona no gosto popular e deixaram de contar a história do Ted.

É como se, em Seinfeld, o seriado deixasse de ser sobre o Jerry e passasse a ser focado só no Kramer. Fica cansativo!

Estamos na oitava temporada de How I Met…, e, por mais que já na segunda a gente tivesse uma boa ideia de quem seria a mãe dos filhos dele, o encontro ainda não aconteceu.

Eu, que me identifico muito com o Ted, o jeito que ele pensa, age e vive a vida, acabei abandonando How I Met Your Mother. Quero mais Ted!

Foi aí que, numa noite de sábado no Netflix canadense, esbarrei no filme Liberal Arts, o segundo filme roteirizado, dirigido e protagonizado pelo fofíssimo Josh Radnor. O personagem dele, Jesse, é bem parecido com o Ted, e, logo nos primeiros minutos dá pra matar um pouco a saudade.

Desenvolvi com o Igor uma técnica pra descobrir filmes incríveis só pela capa do DVD: muitos nomes de atores, fotos de vários atores, elementos em ilustração e prêmios bizarros. Funciona!

Em Liberal Arts, Jesse deixa Nova York pra passar uns dias em Ohio, onde cresceu e fez faculdade. Lá ele conhece Zibby (vivida pela linda e incrivelmente ótima atriz Elizabeth Olsen), uma universitária inteligente, instigante e fã de música erudita.

Pra ela, que também faz aulas de improviso, a sorte nunca bate na porta de quem diz não à vida. Então ela diz sim a tudo!

Como lidar com uma paixão por alguém 16 anos mais jovem? Será que ela é avançada ou ele é que é um meio imaturo pros seus 35 anos?

Essas e outras questões sobre amadurecimento, o encontro consigo mesmo, as mudanças da vida e a tão almejada paz de espírito estão no filme.

O roteiro de Radnor tem muitos diálogos, no melhor estilo Antes do Amanhecer/Antes do Pôr do Sol, mas não como uma cópia barata. Tudo tem lugar, tudo é encaixadinho, bem orquestrado, e é muito bom!

Os personagens são todos incríveis: os ex-professores, um aluno solitário que é o alter ego de Jesse e um hippie muito sábio vivido pelo improvável Zac Efron (e ele está ótimo!)

Um daqueles filmes que fazem bem pra alma da gente – e o melhor que vi em 2012. Agora quero ver o outro filme do Josh Radnor, o happythankyoumoreplease, que também recebeu boas críticas.

Tentei encontrar o trailer do Liberal Arts legendado em português, mas não encontrei. Vai aqui o original mesmo! =)

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=-cghoZjT4e8[/youtube]

Alinne Rodrigues

5 comentários

  1. Aline, não assisti Seinfeld, mas também sou uma apaixonada pelo Ted.
    Gostei de Liberal Arts. Não me pareceu extremamente excelente mas realmente dá um gostinho a mais de Ted em nossas vidas. Já o HappyThankYouMorePlease eu achei muuuuuuito fraco.
    Acho que esse tempo no How I Met Your Mother tá fazendo bem pra criatividade roteirística do Josh Radnor. Não sei se ele aspira se tornar o próximo Woody Allen de todos os tempos, mas se sim quero dizer que ele ainda está bastante longe..
    E eu mandei vários tweets pra ele e ele nem me respondeu!
    buáááá
    =P

    um beijo pr’ocê aí no frio que eu também tô no frio aqui!
    =)

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