Quando eu tinha 13, 14 anos, minhas amigas eram fãs do Leonardo DiCaprio, das Spice Girls, do É o Tchan. Eu até gostei de Titanic. Conhecia os hits das Spice Girls e do É o Tchan (mas as meninas da minha sala não me deixavam participar das coreografias depois da aula, então eu preferia dançar Chiquititas em casa mesmo). Eu tinha começado a estudar inglês e, pela primeira vez na vida, tinha MTV em casa. Foi quando eu me apaixonei pelos Backstreet Boys.
Como eu era novinha, gostava do mais novinho também, o Nick Carter. O Backstreet’s Back, segundo disco, tinha chegado no Brasil, e As Long As You Love Me, o clipe no estúdio, com a dancinha das cadeiras, passava direto – e eu amava. Muito.
Comprei o Backstreet’s Back e, todo dia, colocava no meu computador novinho, com um incrível HD de 4 gb. O disco era CD-ROM e tinha uns vídeos com qualidade bem ruim, mas, pra época, era o máximo. Ouvia tudo enquanto jogava no PC e chorava pelos meus primeiros amores não correspondidos. Depois chegou o primeiro álbum e vários singles, e eu comprei todos que o Bom Preço vendia. Comprei também dois VHSs originais, além de gravar tudo o que passava na TV com a minha supertelevisão com videocassete embutido.
Essa coleção não era minha, mas poderia ser. Eu tinha tanta Antenada! hahaha
Em frente ao meu prédio tinha uma banca, e todo dia chegava uma revista nova com o Backstreet Boys na capa. Eu comprava quase tudo. Não tinha mesada, mas lembro de pedir pra minha mãe, ir até a banca e comprar R$ 15 inteirinhos (!) só de revistas e pôsteres, que eu colocava em uma pasta colecionadora – antes ela tinha papéis de carta, mas que graça passaram a ter os papéis de carta? Guardei tudo em um plástico só e usei o resto pros meus novos amores.
Enfim, ouvi muito, consumi muito e aprendi um monte de inglês com esses caras. Na mesma MTV deles, do N’Sync, do 5ive, do Boyzone, do Westlife, da Britney Spears e das Spice Girls, estavam também Green Day, Metallica e outras bandas que acabaram me levando pro caminho do rock. Mas o cenário pop dos anos 90 nunca foi esquecido, e eu guardo todos os discos que tenho até hoje.
Aí que eu tô morando em Montreal. E aí que, em julho, minha amiga Júlia me avisa que ia ter show dos Backstreet Boys. Combinamos de ir, ela comprou os ingressos, e dia 6, terça-feira, foi o dia de realizar o sonho de ver a banda da minha adolescência ao vivo. O Centre Bell tava lotado. Nosso lugar só não era mais longe porque não tinha como ter mais cadeira atrás da gente. Era tão alto que deu vertigem, mas me acostumei.
Sabia que ia ter dois shows de abertura, mas um menininho entrou no palco. Loirinho, de uns 10, 11 anos, com a camisa do Canadians, time de hockey daqui, e cantando bem bonitinho. Ele andava pelo palco, corria pela passarela, pegava nas mãos das fãs ricas na área VIP, mas a gente não sabia quem ele era. Até que, duas músicas depois, ele ficou de costas pra gente, e eu consegui ler LITTRELL na camisa. Era o filho do Brian!
Aqui ele ainda era neném. Detalhe: a mulher do Brian é uma das moças do clipe de As Long As You Love Me ♥
Pro momento “ôôô” ficar completo, ao fim da terceira música, um cover de I Want You Back, do Jackson Five, simplesmente o Brian entra no palco correndo, pega o menino no braço, canta o último versinho da música e sai correndo com ele. Coisa mais linda do mundooo!
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=4z7jXQSAOa4[/youtube]
Vídeo da minha amiga Manuela, que ficou longe de mim =(
Depois da fofura, vieram dois shows bizarros. Sei lá, acho que num show desses, que é basicamente nostálgico, as atrações de abertura poderiam ter a mesma vibe também. Mas botaram o DJ Pauly D, do reality show Jersey Shore (Júlia é a wikipédia da televisão) e o Jesse McCartney. A mulherada curtiu, mas eu fiquei jogando Buraco no celular. Cadê o BACKSTREET BOYS?
Fotos: Montreal Gazette
Fiquei na lateral do palco. Era longe, mas era perto. Não vi essa lindeza de palco da foto aqui de cima, todo iluminado, mas vi a entrada da banda como poucos, saindo do backstage, subindo as escadas correndo e, finalmente, aparecendo! O show começou com The Call, roupinha igual e coreografia afiada. Achei que eles estivessem velhos, mas que nada! Quer dizer, o Kevin é meio bizarro, porque ele é muito grandão e literalmente quarentão. Mas dá um caldo ainda, hehe.
Nick tocou guitarra, mas ninguém ouvia nada. Certeza que tava desligada. Depois ele beijou a palheta e jogou pra galera
Pensei que fosse ficar surda. Chata, fechei os ouvidos logo no começo, mas depois percebi que, se já estava lá, deveria me jogar mesmo. Aí comecei a gritar também e, tanto tempo depois, me senti na oitava série de novo. Vieram umas músicas novas, que, lógico, não são legais como as antigas. E eu fiquei meio morgada. Eu queria mais. Eu tinha 14 anos e queria cantar e dançar com o Nick! Me entreguei quando o Kevin perguntou: “Who wants to party like it’s 1999?”. Eeeeu!
Foi na quinta música que o show começou de verdade pra mim. All I Have to Give! Música mais linda do mundo, começa com o Nick cantando, passa pro Brian (que eu decidi que é meu segundo favorito agora)… Enfim, linda demais. Depois veio As Long As You Love Me, mais linda ainda, com direito a dancinha com chapéus e tudo. Esperei pela coreografia com as cadeiras, mas não teve – seria um pouco demais, né?
Mais umas mais ou menos, e chegou outro bloco de músicas incríveis: enquanto rolavam I’ll Never Break Your Heart e We’ve Got It Goin’ On, fãs eram organizadas por trás do palco. Ia começar um momento diferente do show, um momento que eles disseram ser uma transição pra quando eles estiverem velhinhos de verdade e não puderem mais dançar.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=SuIpWOr-A_0[/youtube]
Trouxeram banquinhos, instrumentos, e eles tocaram 10,000 Promises e Quit Playing Games acústicas. Nick e Brian no violão, Howie no baixolão (aquele baixo que parece um violão), Kevin no teclado e AJ no cajón (aquele banco percusivo que tem vários sons diferentes). As fãs ficaram nos degraus do palco, pra comemorar com eles os 20 (!) anos de banda. Queria eu ter comprado o VIP…
No geral, o show foi muuuuuuito legal. Tinha uns playbacks estranhos aqui e ali, principalmente nas partes com mais dança, mas eles cantam muito ao vivo e é tudo perfeito. Me incomodou no começo o fato de eles não terem uma banda. Eles cantavam com as bases usadas nos discos mesmo, e, às vezes, ficava meio confuso entender que música era, tanto porque o arranjo e a mixagem eram pra álbum, não pra show, quanto pelos gritos da mulherada. Mas nada muito grave. Era se achar e cantar junto!
Visualmente, é muito bonito. Dá pra ver nas fotos que tem muita luz, muita cor, fora que é um espetáculo bem ensaiado, com atos. Cada integrante da banda ficou sozinho com o público, pra dizer que amava todo mundo e que tava feliz por voltar a Montreal (inclusive contaram que foi pelo sucesso em Montreal que estouraram nos Estados Unidos!).
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=1q1lIO0z1XY[/youtube]
Quando ia ter troca de roupa, os telões passavam uns vídeos de bastidores falando sobre a turnê, relembrando a carreira e o sucesso. Pena que não consegui entender quase nada por motivos de: mulherada gritando muito cada vez que aparecia um sozinho na tela.
A galera que ficou no frontstage aproveitou bem o dinheiro investido. Cada vez que eles iam pra passarela, ficavam boa parte da música se abaixando, cumprimentando, pegando nas mãos das fãs…
Tinha horas que rolava uma vibe meio clube das mulheres, como disse a Júlia: Kevin se abaixava pra dar a mão de um lado, e as fãs do outro lado ficavam com a bunda dele na cara; Nick, que deixou de ser aquela lombriga linda que ele era no começo da banda, não perdia a oportunidade de sensualizar, fosse ficando só de regata e até deitado no chão da passarela, só esperando a galera passar a mão. Brian até ganhou um sutiã de uma fã!
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=o9gKP9d7I8Q[/youtube]
As canadenses são malucas, mas são educadíssimas. Se tivesse sido no Brasil, ele teria levado um fonfom valendo nas partes! heheheh!
Pra terminar, aqui vai o setlist do show:
The Call
Don’t Want You Back
Incomplete
Permanent Stain
All I Have to Give
As Long As You Love Me
Show ‘Em What You’re Made Of
Show Me the Meaning of Being Lonely
Breathe
I’ll Never Break Your Heart
We’ve Got It Goin’ On
10,000 Promises
Madeleine
Quit Playing Games (With My Heart)
The One
Love Somebody
More Than That
In A World Like This
I Want It That Way
Bis:
Everybody (Backstreet’s Back)
Larger Than Life
♥
E aí, queria ter ido também?
♥
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Magnífico reelembrar este momento. Parabéns!!! Ameiii, tô aqui assistindo várias vezes….hihihihihi.
eu também fico assistindo direto, Kati! queria ter filmado mais, mas tava sem espaço no celular =(
Eu e a Katy (Katiana Moraes)assitimos o show deles em SP na epoca do auge e foi PERFEITOOOOO….queria assistir hoje novamente! E o Brian continua fofo e o filho a cara deleeee
caramba, que massa, Virna! acho que eu teria morrido se tivesse visto na época! heheheh
Own mulher, o Kevin é muito lindo! pra mim ele num dá um caldo não, ele dá é uma panelada inteira,
aeiaeuioaeuoiaueoiae
ARMARIA, MULHER! Queria muuuito ter ido! Ô inveja!
kkkkkkkkkkk! meu guilty pleasure é o de muita gente também! <3