Depois de mostrar aqui na semana passada o quartinho da primeira infância do Oscar, essa semana eu resolvi abordar o tema do quarto montessoriano, porque é a moda do momento em termos de quartos infantis e no escritório chegam muitas mães com uma noção equivocada sobre o assunto.
Apesar de estar na moda agora, o método montessoriano não é novidade e foi desenvolvido em 1907 pela educadora italiana Maria Montessori. A principal premissa dessa metodologia de ensino é a autoeducação, que o bebê/criança pequena possa descobrir o mundo (e seu quarto) por si só, que tenha acesso a tudo e liberdade para explorar e desenvolver assim suas habilidades motoras, bem como sua autonomia.
“Opa, mas eu pensei que quarto montessoriano era aquele com a
cama de casinha que tem no Pinterest”.
Frase mais comum que eu escuto quando estou trabalhando, a tal cama no formato de casinha ficou tão famosa no Pinterest que foi o item mais pedido no escritório em 2017, no entanto, ela sozinha não define um quarto montessoriano. Com base na metodologia montessori, o que a cama precisa é ser bem baixinha ou ter o colchão no chão, de forma que a criança tão logo se sinta apta, possa entrar e sair da cama livremente.
Vou listar aqui as características mais comuns de um quarto montessoriano e explicar cada uma delas, mas no cerne da questão está sempre desenvolver a autonomia dos pequenos:
- Livros e brinquedos à vista e à mão para que os pequenos tenham interesse em manuseá-los e possam alcançá-los facilmente. O método também sugere limitar os brinquedos a poucas opções e fazer um rodízio a cada 15 dias – 1 mês para manter o interesse vivo
- Armário ou arara baixa com algumas opções de roupas ao alcance para que os pequenos possam escolher sozinhos o que vão vestir
- Para bebês de 0-12 meses, tapetinho e barra afixada na parede para ajudar a começar a engatinhar e andar sozinhos
- Espelho fixado na parede para que eles possam começar a interagir com o próprio reflexo. O espelho pode ser fixado atrás da barra
- Cama muito baixa ou um colchão no chão, de forma que a criança tenha autonomia na hora de entrar e sair da cama
Uma coisa muito comum é optar por um quarto híbrido, com características montessorianas mas não completamente. Por exemplo, no caso do quarto do Oscar, desde que ele tem 6 meses eu coloquei seus brinquedos em cestos no chão e um tapete na frente para que ele pudesse explorar sozinho. Logo depois fixei os porta-livros numa altura ao seu alcance.
Agora fiz a transição para a cama bem baixinha na qual ele pode entrar e sair sozinho facilmente. No entanto, optei por não ter roupas ao alcance dele, apesar de que isso não impede de, no futuro, quando ele demonstrar interesse, eu deixá-lo escolher o que vestir.
Ou seja, é você mamãe/papai que vai dizer o quão montessoriano quer o quarto.
Por último, é importante se levar em conta a questão da segurança. A casa toda deve ser protegida quando um bebê começa a engatinhar e andar, mas o quarto dele precisa de uma atenção especial principalmente se houver a possibilidade deles levantarem durante a noite sozinhos e ficarem brincando lá dentro enquanto os pais dormem (já aconteceu aqui).
Em primeiro lugar, sugiro trocar todas as tampas de tomadas baixas por tampas cegas, aqueles protetores são fáceis de remover e viram um risco a mais, de engasgo. Trocar redes de segurança das janelas e varandas, essas redes têm um prazo de validade e, se você não tiver certeza de que está bem novinha, vale a troca. Proteger quinas e travar qualquer gaveta ou móvel que você não deseja que a criança tenha acesso.
Esses são só alguns exemplos, mas o ideal mesmo é que não tenha nada que ofereça risco nesse ambiente. Vocês devem pensar com calma em todas as possibilidades.
Um beijo grande e até próxima semana! Ah, se tiverem alguma sugestão de assunto para as colunas mandem por aqui ou no Insta ok?
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