Há um ano, a gente foi pra Estocolmo de férias e fez um monte de programação legal com a Penélope, que não tinha nem 2 anos ainda. Acabamos de voltar de mais três dias por lá, ela com quase 3, e fizemos outros programas muito divertidos pra ela e pra gente.
É importante observar a previsão do tempo na hora de fazer as malas. O verão sueco é bem imprevisível – ano passado foi todo de sol e temperaturas acima de 30 graus, mas este ano tem chovido bastante e ficado frio. Fomos preparados com capa de chuva, eletrônicos embalados em sacos plásticos, e foram dois dias de toró!
Transporte
No primeiro post sobre Estocolmo com crianças, eu expliquei sobre o sistema de transporte, que usa cartão próprio e pode ser carregado por período (24h, 72h…) e também sobre a gratuidade pra quem entra no ônibus com carrinho de bebê – só é grátis no ônibus e pra um adulto, o outro paga.
A novidade desta vez foi que pegamos o tram (bonde) pra ir até a ilha de Djurgården, onde ficam muitos dos museus da cidade. Tram, metrô, ônibus e barcos (ferries) fazem parte do sistema de transporte público e usam o mesmo cartão (tipo passecard).
O tram é climatizado, passa a cada 7 minutos, mas é quase sempre cheio. Os ônibus são bem mais tranquilos e têm janelas enormes, dá pra ver a cidade no caminho. Tanto tram quanto ônibus possuem espaços dedicados a carrinho de bebê: no tram, eles ficam no primeiro e no último vagões; no ônibus, na porta do meio e, às vezes, na de trás também.
Junibacken
Nosso primeiro passeio foi pro Junibacken, museu dedicado à obra da escritora Astrid Lindgren, criadora da Pippi Meia-Longa (Pippi Långstrump). Que surpresa que foi esse lugar!
Fomos direto da T-Centralen, pegamos o tram lá, com mala e cuia (no museu tem armários grátis, mas eles são pequenos e nossa malinha de bordo não coube. Falamos com o staff, e guardaram a mala em uma sala de acesso restrito, e foram buscar na hora de ir embora).
Nem o tram nem o ônibus chegam exatamente na porta de lá, mas a caminhada é curtinha e uma delícia, bem verde, e passa pelo Nordiska e pelo Vasa, dois museus que a gente ainda não conhece, mas já colocou na lista pra próxima viagem.
Rolou uma fila na entrada, mas já tem uns brinquedinhos pras crianças se entreterem.
A entrada custou 165 coroas pra Penélope (crianças de 2 a 15 anos) e 195 coroas pra cada um dos adultos. Na verdade, a gente pagou menos porque comprou o ticket online antecipado com desconto do Booking, uma parceria bem legal que dava até 30% de abatimento em várias atrações (recebemos a oferta por email e usamos em dois museus).
Casa da Pippi
O Junibacken tem várias salas bem diferentes e muito legais. A principal é a Villa Villekulla, a casa da Pippi. Dá pra entrar, brincar na cozinha dela, tem o cavalo na frente e um escorregador que sai do andar de cima pro térreo. A casa vira um teatrinho duas vezes por dia, às 13h30 e às 15h, com a história “Pippi flyttar in” (Pippi se muda).
Pra chegar na Villa Villekulla, é preciso passar por uma livraria/lojinha enorme e tentadora, com livros e produtos de personagens suecos como Pippi, Alfons Åberg e Mumin, e uma sala bem maluquinha com um chão decorado como parede e um espelhão inclinado pra fazer aquela foto massa.
Autores suecos
Uma outra sala faz uma homenagem a vários escritores suecos e suas criações. É tipo uma vila do Chaves, mas com a fazendinha da Mamma Mu e do corvo, o prédio do Alfons Åberg, a casinha de Pettson & Findus, uma passagem secreta pro escritório dos detetives Lasse e Maja…
E por fim uma sala que a Penélope amou muito: um espaço enorme com blocos de espuma (tipo espaguete de piscina) pra construir o que quiser! Tinha gente construindo fortes, poços, chaminés, paredes, castelos. E depois de construir, a melhor parte é derrubar!
Sagotåget
Mas o Junibacken tem ainda uma atração muito especial, o Sagotåget (o trem dos contos). Cada família entra em um vagão desse “trem”, que vai passeando por várias histórias do universo de Astrid Lindgren. Esse, na verdade, foi o último projeto que ela criou, em dois anos de trabalho pra fazer o roteiro desse passeio.
Usei as aspas no trem porque não é um trem de verdade, não tem trilhos. É um carrinho suspenso que sobe e desce pra nos aproximar de cada cenário. A bordo do vagão, a gente passa por miniaturas de casinhas, castelos, cavernas, bonecos enquanto vai ouvindo as histórias (em inglês, sueco ou árabe).
É encantador, divertido, mas também com momentos tensos e até assustadores. O passeio é todo no escuro, com luzes só sobre os cenários, e quando as histórias ficam mais tensas, é bem mais escuro. A parte boa é que quando a Penélope começou a ficar com medo real, de se encolher na cadeira e querer ir embora, o passeio acabou.
Tô contanto isso porque eu tenho um pouco de medo de altura, de brinquedo de parque de diversões e tive um miniataque de pânico quando vi que o trem não era trem e que era tudo escuro. Mas é muito massa! Nunca fui na Disney, mas acho que o Sagotåget tem uma vibe Disney em miniatura, hehe.
Tekniska Museet
No próximo post vou falar sobre o Tekniska Museet, o Museu da Tecnologia, que é muitíssimo legal pra crianças e adultos!
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