Estocolmo com crianças: Tekniska Museet, o museu da tecnologia

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Penélope dormiu no caminho, mas acordou rapidinho quando entrou no museu

Desde o ano passado, quando fomos pra Estocolmo pra ficar três dias, o Igor falava que queria ir ao Tekniska Museet, o museu da tecnologia. Acabou não dando tempo da outra vez, mas agora o programa foi pro topo da nossa lista (junto com o show do Weezer no Gröna Lund, que vou contar em outro post).

Visitar o Tekniska pode parecer coisa de nerd – e é mesmo! Mas é também muitíssimo divertido pras crianças e pros adultos. É enorme, tem muitas áreas diferentes e dá pra passar o dia inteiro lá. O ingresso custa 150 coroas, mas crianças até 6 anos não pagam.

O ônibus para bem ao lado do Tekniska
O ônibus para bem ao lado do Tekniska

Pra chegar lá é com ônibus, e o nome da parada é Museiparken (o parque dos museus). Um do lado do outro estão o museu da polícia, o da tecnologia e o da etnografia, que achei muito interessante porque reúne culturas de várias partes do mundo em um mesmo lugar. Fiquei querendo ir!

Começamos o passeio no Tekniska provavelmente pelo final, a exposição Megamind. Ela é tão grande que foi montada num prédio atrás do museu, com um trechinho de caminhada ao ar livre (importante saber porque deixamos capas de chuva no armário do museu e só quando nos vimos ao ar livre que percebemos que, se chovesse, a gente ia se lascar! Hehehe).

A Megamind explora principalmente o cérebro e todas as suas possibilidades. A primeira sala é bem impressionante (essa aqui de cima), com luzes correndo pelo teto e pelas paredes, simulando os sinais cerebrais passando pelas sinapses. Muito legal!

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Um galpão logo ao lado tem estações com jogos para o corpo, já que o cérebro que manda nos nossos movimentos: escalada, dança, força, equilíbrio, além de minilabirintos e escorregadores que deixaram a Penélope muito contente.

De lá, chegamos ao laboratório do futuro, que pra mim foi a parte mais divertida. Uma instalação com cama e luzes coloridas fala que precisamos descansar para sermos mais inteligentes.

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Uma outra instalação nos mostra como é a visão que humanos, cobras, pássaros, robôs, gatos e bois têm de uma mesma cena.

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Logo ao lado, entramos num corredor completamente escuro, breu total. Nossas imagens são transmitidas pra quem está de fora, em versões infravermelho e térmica.

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Depois de alguns passos, chegamos a uma sala cheia de espelhos e muito bonita. Bolas de espelho girando no teto, colunas de espelho que as crianças podem girar e observar os reflexos.

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Também tem uma máquina com fone de ouvido na qual você fala e ouve sua voz processada de formas diferentes: com muito eco, como um robô, bem engraçado. E subindo as escadas desse lugar já muito massa, a gente chega num lugar mais massa ainda, que explora os poderes da mente.

Pra usar o poder do pensamento nessas instalações, você coloca uma faixa na cabeça, e ela tem contatos metálicos que precisam estar tocando a testa. Uma instalação é com música. Sentada numa poltrona, de frente pra uma tela, eu podia mudar o tipo de música que tocava só com meu pensamento.

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Pensamentos complexos moviam o gráfico pra cima e me dava um tipo de som; o pensamento simples movia o gráfico pra baixo. Muito louco!

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Mas mais louco ainda era a outra instalação, que a gente não conseguiu usar, porque tava sempre lotada. Era um jogo com a mente chamado Mindball. Uma pessoa contra a outra, uma de cada lado da mesa, com a mesma faixa na testa e uma bolinha no centro. Uma tela mostrava as leituras de atividade cerebral dos oponentes, que se concentravam pra tentar mover a bolinha com a “força do pensamento”.

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Foto retirada do site do Mindball. Não consegui fazer uma boa

A bolinha se movia sobre uma faixa que respondia aos estímulos vindos dos jogadores, e cada partida podia levar de poucos segundos a muitos minutos. Quando alguém ganhava, a galera em volta comemorava. Muito incrível!

Já tinha valido a pena pagar o ingresso, e a gente ainda nem tinha visto o museu propriamente dito, hehe! São quatro andares, e a gente só conseguiu ver dois (faltou tempo!). Mas no térreo tem uma sala bem interessante com a história de coisas cotidianas e que ninguém pensa em contar. Modelos históricos de escovas de dente, aspiradores de pó, secadores de cabelo, carros, bicicletas, robôs e até um vaso sanitário estão lá!

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Por essa sala temos acesso à entrada da Gruvan (mina), que simula as escavações da cidade de Kiruna para extração de ferro. Como era de se esperar, é escuro e, dependendo da idade da criança, pode ser assustador – eu nem sou criança, mas a cada boneco que aparecia simulando o trabalho dos mineiros era um susto que eu levava, heheh. Mas o caminho é curto, e a Penélope, que vai fazer três anos, encarou mesmo com medo.

Na saída da mina, a temática passa a ser o ferro e o magnetismo. Experimentos simples como passar um ímã sobre barras com mais ou menos ferro e sentir a atração com intensidades diferentes são bem bacanas. Isso sem falar nas estações com blocos magnéticos pra montar em mesas ou na parede.

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A Penélope adorou montar engrenagens unindo rodas dentadas e depois fazê-las girar. Também brincou numa mesa com luz e formas translúcidas.

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Já tava dando nossa hora, e a gente precisou ir embora. Mas com certeza voltaremos lá pra ver o restante!

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Luz linda pra selfie nessa casinha toda espelhada

Se você não viu como foi nosso passeio pelo museu Junibacken, onde fica a casa da Pippi Meia-Longa, é só clicar aqui.

Alinne Rodrigues