Uma fita VHS que mata quem assiste depois de sete dias. Lançado em 2002, O Chamado, versão americana para o japonês Ringu, fez tanto sucesso que colocou a menina Samara no rol dos grandes assassinos do cinema.
Na última quinta-feira, mais um capítulo da história da garota do poço entrou em cartaz. Fomos convidadas para conferir O Chamado 3 na cabine de imprensa no Centerplex Via Sul e OLHA SÓ NO QUE DEU!
A história começa dois anos atrás, em um avião. Um lourinho bonitinho está tenso porque estava numa festa em Seattle (onde morava a jornalista Rachel, dos dois primeiros filmes) e acabou assistindo à famigerada fita. Samara mostra seu poder, invade o entretenimento de bordo do avião e cumpre o que sua maldição manda.
Dias atuais, o professor Gabriel (interpretado por Johnny Galecki, o Leonard, de The Big Bang Theory) está num mercado de pulgas e encontra um videocassete. Claro que ele tinha uma fita dentro.
Corta pra uma cidadezinha de interior. Um casal teen se despede. O lourinho Holt vai fazer faculdade fora, e a mocinha Júlia fica em casa, cuidando da mãe. O Skype de todos os dias começa a falhar depois que ele sai pra uma festa com amigos. Sumido da internet e do celular, desperta a preocupação da namorada, que pega o carro no meio da madrugada e parte em busca de respostas.
Holt viu a fita e só tem mais umas horas antes de morrer. Para se salvar, o processo é o mesmo do primeiro filme, mas agora, digital: é preciso fazer uma cópia do arquivo, um Ctrl+C, e fazer alguém assisti-lo. Mas Júlia, ao fazer sua cópia, acaba gerando um arquivo novo, com novas imagens, um filme dentro do filme que não permite cópia, e o envolvimento dela com Samara passa a ser diferente.
A mocinha agora precisa partir numa jornada como a de Rachel no primeiro filme, tentando encontrar respostas e salvar a própria vida.
Se você é fã do primeiro filme, gosta do clima sóbrio, da narrativa bem construída e madura, da atuação fantástica de Naomi Watts e da história original, sobre como Samara foi adotada e aprisionada, saiba que o terceiro filme não tem a mesma pegada.
Quando vi o personagem de Johnny Galecki, professor de biologia experimental, achei que a história fosse ser conduzida por ele, seus estudos e descobertas sobre Samara e a fita que é um portal de conexão entre o mundo dos vivos e dos mortos. Porém essa parte mais cabeçuda, que remonta até ao personagem de Bill Murray em Os Caça-Fantasmas, acaba ficando em segundo plano.
Quem protagoniza o filme mesmo é o casal, e a impressão que dá é de que O Chamado 3 é uma versão teen do original, com tudo o que isso acarreta: atuações mais fracas, narrativa mais frouxa, menos envolvente, menos misteriosa e que tenta dar mais sustos do que contar uma boa história.
No fim das contas, é legal assistir porque a gente conhece mais sobre o nascimento da Samara, o que aconteceu com ela antes da adoção – o lugar onde nasceu e para onde foi levada depois da morte.
Sem spoilers, se o filme terminasse dois minutinhos antes, ele seria mais legal. Infelizmente, os produtores quiseram deixar um gancho para, se bombar nas bilheterias, O Chamado ganhar novas sequências. Uma morte horrível para o filme original, e o nascimento de, talvez, mais uma franquia que perdeu o sentido, como Atividade Paranormal.
Confira o trailer:
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